domingo, 10 de março de 2013

Economia: COPOM mantem SELIC em 7,25% a.a

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     O Comitê de Política Monetária (COPOM) manteve a taxa básica de juros da economia a Selic em 7,25% ao ano. Essa foi a terceira reunião seguida em que a taxa é mantida nesse patamar – o último corte aconteceu em outubro de 2012.

     “Prevalece no governo a visão de que a inflação irá retomar a queda no segundo semestre, quando se espera que os efeitos da desvalorização do real [em relação ao dólar] percam força”, diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil.

     Em nota à imprensa, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, classificou como acertada a decisão do Copom de manter a taxa de juros no patamar de 7,25% ao ano. “O Brasil não precisa de aumento de juros, mas de aumento de produção”, disse.

     A maioria dos analistas acreditam existir uma sinalização de que o Banco Central (BC) pode, nas próximas reuniões, decidir pela elevação da taxa de juros para frear os altos números que a inflação vem apresentando nos primeiros meses de 2013.

     Representantes dos trabalhadores, no entanto, querem juros ainda mais baixos. Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), a manutenção da Selic em 7,25% não ajuda o Brasil a crescer. Segundo ele, “faltou coragem para dobrar a pressão do mercado financeiro e retomar o bom caminho da redução da Selic. A manutenção da Selic em 7,25% ao ano não ajuda o Brasil a crescer”.

     Como fica a poupança e seus investimentos?

     A manutenção da Selic em 7,25% ao ano mantém a caderneta de poupança como investimento mais atraente do que a maioria dos fundos em renda fixa com taxas de administração acima de 1% e prazo de investimento de até um ano.

     De acordo com a nova regra da caderneta de poupança, vigente desde maio do ano passado, os depósitos efetuados renderão 70% da taxa Selic + TR (Taxa Referencial) sempre que a Selic estiver em percentual menor ou igual a 8,5% ao ano.

    O investidor que busca maior rentabilidade deve começar a avaliar a possibilidade de colocar em sua carteira novos produtos de investimento. Deve buscar conhecimento ou gestores capacitados para avaliar as oportunidades que existem no mercado de renda variável, por exemplo.

     Deve também dedicar-se mais e melhor à tarefa de definir objetivos e prazos de investimento para seu capital, o que facilita a decisão e permite uma escolha mais acertada. Aproveitar produtos como Tesouro Direto, por exemplo, é algo bastante recomendado, especialmente para quem deseja proteger-se da oscilação da inflação e garantir poder de compra (títulos pós-fixados).

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